Nisso, temas mudam de canto ao infinito, repetições da santa brincadeira da fala em movimento: O Estado leviatã, Estragos da mágoa na saúde das pessoas, Aventuras irresponsáveis dos poderosos, Egoísmo corrosivo, A mãe de todas as guerras, por exemplo. Títulos e motivos que lembram cordéis da época de criança, que chegavam da feira e impressionam sobretudo pela possibilidade imensa de viajar por mares imagináveis e avançar a si próprio, no auge da solidão infantil. Os sete pares de França, A chegada de Lampião no Inferno, O romance do pavão misterioso, História de Mariquinha e Zé de Souza Leão, A triste partida, A história da donzela da pedra fina, e outros mais.
Quais janelões que desvendam a noite das possibilidades adormecidas, os textos ganham vida no coração de quem lê. E nas bandas daqui, quem produz apenas desempenha o compromisso artesanal da fala, na intenção de transmitir paz, indicar lugares aonde luz possa chegar e mostrar as visões benfazejas lá do íntimo da condição humana dos buscadores de bem viver, de momentos de tranquilidade que o dia oferece no silêncio; varrer da presença os ciscos de apreensões e desespero, edificar os monumentos que habitam sonhos de esperança e muita fé.
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