Conta dita parábola que certa feita um rei apreciador das coisas do espírito reuniu três cegos e os solicitou que abordassem um elefante e, em seguida, explicassem do que se tratava.
Um por um, os cegos se achegaram do animal e tocaram seu corpo em lugares diferentes.
Depois, trazidos ao soberano, descreveram o que haviam conhecido através do sentido do tato, esforço este acompanhado de perto por outros súditos ali presentes.
O primeiro cego descreveu que sentira pelas mãos ser enorme dotado de imensas orelhas, semelhante a tipo que poderia se deslocava no ar graças aqueles possantes instrumentos de locomoção.
O segundo, por sua vez, justificou que apalpara bicho de barriga avantajada, o que, devido ao peso do que acumulava, lhe impedia o deslocamento. Daí necessitar possuir patas comparáveis a troncos de árvores frondosas, com as quais permanecia preso ao solo, a se mover com dificuldade e risco para a segurança dos que viviam a sua volta.
Por fim, o terceiro cego considerou haver conhecido espécie rara capaz de reter o ar sugando-o através de orifícios situados na extremidade da tromba poderosa. Qual enguia gigante, o pavoroso monstro vivia de tudo examinar com o tal dispositivo, causando horror aos que encontrasse no caminho.
Como visto, o monarca ouviu nada além de ponderações de ordem singular. Porquanto, devido à limitação de suas vivências, os cegos apenas puderam abordar o objeto que apalparam sob os limites do que possuíam em suas noções anteriores.
O julgamento dos humanos ocorre nas mesmas e restritas limitações pessoais. Ninguém que se preze negará esta sentença, fruto do estado precário em que ainda nos achamos. São avaliações significativas, destacando a importância de se ser humilde no que tange a pontos de vista que precisam de maior indagação. Isto significa dizer, também, que a soma dos valores coletivos somados ampliam as chances de todos nós juntos um belo dia vir conhecer a Verdade absoluta na sua plenitude, por meio da fraternidade e união das individualidades pensantes.
sempre pensei que esta fosse uma estoria persa... na verdade a conheço em modo diverso onde o elefante foi tocado no escuro e nao por cegos....
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