Enquanto o órgão das Nações Unidas buscava o patrocínio da condição humana, um anão de nome Manuel Wackenheim postulava seu direito de que homens maiores, em uma discoteca, lhe lançassem no espaço, alegando que proibição, datada de 1995, de tribunal administrativo francês, discriminava e privava do exercício do trabalho. Por conta disso, o processo chegou à ONU, que agora confirmou a decisão.
O artista francês, de apenas 1,14 m, apelara em 1999, junto ao Comitê dos Direitos Humanos, porquanto usava na função um capacete e roupas acolchoadas que têm alças nas costas para facilitar o arremesso do projétil humano, diz a nota.
Via de consequência, em comunicado o comitê divulgou o resultado de seu julgamento, se afirmando satisfeito pela proibição de lançamento de anões não ser abusiva, mas necessária a fim de proteger a ordem pública, incluindo considerações sobre a dignidade humana.
Desta forma, o órgão internacional titulara a preservação do valor da dignidade, assumindo a vez da espécie desses seres, isto é, todos nós, quais, sem conta, dela abrimos mão a preços irrisórios, comprometendo inclusive outras gerações que hão de surgir.
A notícia considera que tal passatempo originou-se na Austrália e nos Estados Unidos, em torno dos anos 80, consistindo em jogar os pequenos dublês o mais distante possível, como atração de bares e discotecas.
Sabemos dos absurdos que acontecem na noite, jovens musculosos se mutilarem a pretexto de causar espanto, mulheres formosas se exercitarem em grupos prisioneiros de gaiolas e outros desmandos.
O corpo pertence à natureza, anda conosco algum tempo a título de empréstimo. As pessoas de quaisquer tamanhos carecem, portanto, de critério no exercício da carne, centradas na perspectiva do retorno ao mundo invisível, quando se verão a braços com os fizerem neste chão. A dignidade também significa respeito aos praticados na barra dos tribunais superiores.
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