terça-feira, 23 de setembro de 2025

Raízes das tradições


Dalgum lugar havia de vir o motivo das falas que dizem dessa necessidade urgente, do desejo até de mitos, na fome de responder, sobretudo, às expectativas doutro tempo, outro lugar, que não este. Os pensamentos são os principais protagonistas dessas respostas vagas. Buscam sem par, inventam, exercitam. Tantas doutrinas, filosofias, literaturas... Vontade quase insana de conhecer o que esteja do outro lado desse espelho dagora. Submeter-se a determinações estabelecidas no passado, calcadas em revelações do imaginário popular, das místicas de grupos, povos, vivências. Espécie de urgência, há que se viver os tratados provenientes de civilizações e suas relíquias guardadas nos séculos mais antigos.

Isto deixa bem clara a ânsia de interpretar os destinos, sejam quais sejam os meios, raciocínios de largos dizeres do que antes houvesse de haver sido, pois. Enquanto que o movimento nunca interrompe seus próximos segmentos; novas legendas vêm à tona e trazem consigo profecias, descobertas, adaptações. Seres assim cientes dos próprios limites de compreender, recriam tantas vezes o Universo, origens e percalços, nessa infinita jornada rumo ao desconhecido.

Perante, pois, o vazio das respostas, no mesmo ritmo de seguir aos destinos, hoje existe a História. Tudo quanto possível foi de alternativas, disso vivem os humanos. Trabalham de sol a sol. Constroem pontes, lagamares, desertos, e sobrevivem nos demais a idênticos amores das insistentes perquirições, afeitos que foram a desvendar as razões do quanto persistiu até então. Que outra forma se não a de tocar suas máquinas, bibliotecas, seus exércitos, nas jornadas por vezes sórdidas, noutras meros artifícios de concatenar compreensões e dominar o impossível.

Na virtude semelhante aos pendores de um aparente caos, comprimem dentro de si o instinto de prosseguir pelo trilho dos desafios, e seguem à busca dos céus. Admitem, todavia, o inevitável de estar aqui quais alimárias do Tempo, e aprimoram o ânimo de sobreviver durante as horas ainda escuras num segredo contido a sete capas pelas dobras do coração.

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