Minha Mãe, a Energia Divina Primitiva, está dentro e fora deste mundo fenomenal. Havendo dado conhecimento ao mundo, Ela vive nele. Râmakrishna
Impomos, sim, condições a nós mesmos. Determinamos hiatos
enormes de circunstâncias a que obedecemos de dentes cerrados. Tratamos o nexo
dos sentidos feitos quem jamais avistou os palmos íntimos do mistério de que
somos feitos. Quedamo-nos, porém, seres diversos à busca da Unidade que dorme perene
junto ao coração de todos. Tão inesgotáveis as visões em volta reúnem os esquadrões
destruidores das guerras, lobos vorazes famintos, ao faiscar das vidas em
gestos definitivos.
Desde sempre, as pequenas flores vivem ao furor das tempestades;
seguem os pássaros, atrozes vigilantes da beleza, que percorrem livres o
firmamento. Às portas de tantas histórias, no entanto, aguardam o momento exato
de percorrer o trilho dos sentimentos e chegar a Deus.
Ainda que sozinhos, habitamos esse lago dos contentes. Há
que continuar horas a fio, fragmentos ansiosos face do futuro insistente. Tradicionais
perseguidores da sorte na correnteza das almas, esses segmentos alimentam seus
sonhos inesquecíveis a todo instante; sobrevoam o espaço adormecido e deixam
rastros nas pedras do passado inexistente.
Bem isto, longas viagens ao mar desconhecido resume a existência
e sussurram aos nossos ouvidos páginas inteiras de solidão. Blocos definitivos
de palavras, eis o quanto significa saber do que, até hoje, trouxemos conosco,
então.
(Ilustração: Kali (https://stock.adobe.com/br/search?k=kali+goddess).
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