domingo, 30 de junho de 2024

Senhores de si


Quais vendilhões do próprio templo, muitos saem jornadas afora na negociação sistemática da consciência, a matriz da libertação, pelos balcões dos mercados abertos da vileza internacional. Epopeia longa desde sempre lá estarão. Dos tempos largados, escravos do passado agora inexistente a não ser pelas serventias inúteis dos quartos de despejo. Isso bem um tanto da gente daqui do chão faz assim e nisso descobre motivo de alimentar as glândulas da espécie que carregam consigo, escravos da alienação.

Todavia acham-se no senso de responder às mínimas questões de sabedoria, desvendar o segredo guardado nas sete capas do destino, lá dentro da alma quiçá infeliz. Pessoas iguais, tantos seres em movimento nas praças, estradas, ruas e becos. Cândidos pastores da esperança, no entanto agem, por vezes, em contradição dos sonhos nascidos deles mesmos e alimentam as feras da ilusão, os vícios, manias, desleixos; fixam metas imaginárias, contudo fictícias aonde quer que sejam.

Nisto, a chance das respostas úteis, sustentam desejos e padecem à toa. Meios de enxergar o quanto de paz nos horizontes em volta deixam escorrer nas abas dos céus. São vidas e vidas, lembranças aflitas que ainda persistem, visto a insistência como norteiam as horas que sumiram perdidas.

Há isto, porém, alternativas do encontro nas profundezas de si, portas abertas ao instante presente, ao ponto em que estejam. Sustentar a tese da certeza no coração de alguns que decidem rever as normas em torno de uma sociedade agonizante. Somos, pois, os autores desta caligrafia dos sóis em movimento; protagonistas e senhores das cenas onde firmarmos os pés nas rotas claras do Infinito.

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