sábado, 29 de junho de 2024

O cenário dos sonhos


Li nalgum lugar de considerarem não haver cores nos sonhos. Daí, então, passei a observar com atenção essa particularidade. Assim, vez em quando me pego a considerar melhor as locações do que esteja sonhando, e posso assegurar, de mim, claro!, que as cenas dos sonhos têm cores. Qual num filme colorido, são os mais variados seus tons. Depois, desperto, lembro com relativa facilidade o que avisto nas situações oníricas, buscando, até, algum significado interno, já que se atribuí uma razão de ser às cores nesta vida daqui de fora.

De comum, sou aficionado em sonhar, o que ocorre, a bem dizer, constantemente nos meus dias. Nessas ocasiões, executo tarefas, encontro pessoas, viajo, trabalho em ofícios que nem consigo lembrar depois a que motivo, porém que possuem algo a ver com meus momentos espirituais. Duvido, não, de exercitar funções lá específicas numa outra dimensão. Por mais que leia quanto ao assunto, só na prática obtenho algum êxito em saber aquilo que enriquece o tema em meus conhecimentos.

Noutras horas, recebo notícias de quem menos esperava, no entanto longe que seja de qualquer plano ou intenção. Além de misterioso, o sonho carrega consigo uma independência a toda prova. Sei, de ouvir contar, se tratar de comunicação direta com o Inconsciente, isso li e escuto várias vezes. E que nossa destinação de existir significa mergulhar nessa área do Ser e desvendar os mistérios que nela sucedem, quando, então, ao inteirar o exercício disto, ver-nos-emos face a face conosco próprios e seremos instrumentos de libertação daquilo que trazemos guardado na essência de Si.

Parte, pois, das maravilhas da Natureza, que toquemos em frente o sentido da autodescoberta, fator principal da tão sonhada Felicidade. Eles, os sonhos, compõem o quadro desta música magnífica que exercitamos na busca de plena realização.

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