Nessas manhãs de dezembro, dia chuvoso, frio, daí a gente lembra outras ocasiões de manhãs de dezembro, dia chuvoso, frio, e se imagina de novo a viver aquelas ocasiões. Revive o que existia no ânimo através dos pensamentos. Lembranças vagas de angústias, saudades, ausências. No entanto jamais, que seja, estaremos sozinhos face às existências em movimento. Acalmar os sentimentos e observar em volta. Os sonhos falam disso, de viver as horas na forma de poder aceitar que tudo estava seguindo certo no objetivo exato.
Afinal permanecemos sob nosso comando e colhemos o plantio
daquilo que plantarmos de paz. Foram muitos momentos quando ouvimos dos
mistérios seus segredos. Sempre haverá o pouso das razões no intimo, lugar do
que tanto buscávamos que já estava aqui conosco. Excessos de procura enquanto
permanecemos no mesmo universo que somos.
Um a um, compomos o quadro deste mundo. Partículas em ação
que persistem na busca das causas definitivas. Encaixes perfeitos dos sentidos
que procuramos e precisamos compreender o que trazemos na face. Desde que
olhemos dentro dessa presença de ser, acende a luz da Criação, porquanto
senhores da revelação.
Desejos e aspiração de harmonia moram na consciência.
Contudo haverá ao nosso dispor as atitudes perante o Infinito. Uma simples
providência, as escolhas, determina o resultado que quisermos. O mais serão os
frutos do futuro. As sementes, os pensamentos, as palavras, as práticas, vêm
abrindo nossas estradas e acalmando a sequência natural da evolução.
Nessas manhãs frias, chuvosas, de dezembro, ao escutar o
canto dos pássaros pelas encostas da serra e observar pequenos detalhes dessa
imensidão, um pouquinho de lembrar-se de si fará enorme diferença. Oferecerá
fortunas de bênçãos. Trará o que desejamos. E as cores da natureza em volta
ganharão novo brilho de amor e paciência.
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