As tais florestas de todos em seus mundos particulares. Uns, avançam contra a maré e sobram pelas vertentes dos rios. Outros, contudo, amargam solitários as cercas que os limitam e dormem aflitos diante de conflitos internos da própria criatura humana. Histórias inúmeras do tanto de todos, pois. Aventureiros do destino, eles viajam pelos céus à procura da sorte. Perguntas. Respostas. Perguntas... E ninguém que sustente de certeza no teto das dúvidas. A gente percorre o universo interno do que seja, porém qual quem avalia encontrar, mais cedo, mais tarde, uma porta de libertação. Prisioneiros dessa cápsula que somos, reconhecemos exatidão na existência, inclusive aceitando o quanto de estreito esse cômodo onde habitamos.
Daí vêm as tentativas de vencer o labirinto aos nossos pés.
Todos, sem exceção, sob o mesmo crivo das interrogações. Ainda que pequenos,
significamos um mar de finalidades aos olhos da consciência. São visões,
buscas, desejos, pessoas, lugares, tempo, cores, luzes, formas, dores,
trabalho, família, objetos, sons, animais, clima, pensamentos, palavras,
livros, sentimentos, instrumentos, tudo enfim.
Painel infinito de cenas que se sucedem interminavelmente,
nós, esses equipamentos no que vivemos e seguimos a levar adiante. Estrangeiros
de si, alimentamos de valores as paisagens do Infinito. Sustentamos
o penhor do que nem conhecemos e haveremos de aceitar ser assim durante o viver inteiro.
Dissemos prisioneiros
dessa cápsula, a cápsula que contém o que já somos, células em ebulição
dentro de todos. Pouco ou nada importam nomes e números que sejamos, conquanto
sempre sejamos nomes e números. Vasos comunicantes da gente com a gente,
formamos seguimentos do que logo existirá aonde quer que seja. Blocos de notas
do mistério, inscrevemos na alma e no coração, em letras brilhantes, segredo
guardado debaixo de sete capas. Vidas provisórias, paraísos em transformação, no
entanto que seguem o trilho da Realização do ser que ora somos em nossas mesmas
mãos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário