No transcorrer de tudo, justos motivos de continuar em ação,
a própria Natureza se encarregou de levar adiante o sentido das palavras, águas
dos rios da existência, a formar esse caudal imenso de histórias e segredos que
têm, obrigatoriamente, de vir à tona, frutos das raízes bem profundas. Não
houvesse e que motivo de conhecimento preencheria as florestas do Infinito?!
Que outro alento haveria de organizar o mundo, os objetos inanimados, as dores,
os momentos, as pessoas e as festas de tanto anonimato espalhado neste mundo?!
Aonde esconder os sinais do que nunca antes fora levando em conta?! A quem
contar o passado que alimentou as fornalhas do futuro senão através das
palavras atiradas ao vento, a meio de tanta solidão de seres angustiados na
ação de viver?!
A quem dizer, pois, das perdidas e tamanhas ilusões e ter de
sustentar a fome de viver, de prosseguir e somar as experiências no mesmo palco
cheio de luzes que acedem e apagam?! Elas, as palavras, que cuidam disso com
maestria, em meio do quanto do desespero humano afeito a essa chuva de
novidades da memória. Falam baixinho na alma e confidenciam certezas e livros
santos. Revelam possibilidades, nutrem sabores de perguntas aos laços do
Destino. E eles, os autores das cartas, no teto da Consciência, apenas fitam o
vazio e aguardam calados a esperança dos dias incessantes.
Colher de onde e plantar aonde essas sementes que
multiplicam o doce alento de sustentar o desejo e achar Deus; elas respiram e
renascem a todo instante.
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