Antes de tudo, somos estes seres em evolução. Isso porque
ninguém se arvore de já possuir a resposta plena desse enigma que decifraremos
mais adiante, sem nem saber agora de sua origem fundamental. Uns agarram aos
destroços em movimento e sustentam meros traços da impermanência qual solução. Alegam
a necessidade de uma autossuficiência no impulso do intelecto e seus fenômenos de
que usufruem e passam. Outros sobrevoam e crescem dentro de si na busca de
decifrar as emoções atuais, feitos argonautas da realidade abstrata. Padecem da
renúncia aos instintos, porém cientistas experimentais do mistério que guardam
e querem descobrir de tudo.
Enquanto ouvem o silêncio, falam das conquistas pessoais de um
mundo vasto porém ainda envolto nas brumas da subjetividade. São eles os
místicos, platônicos, que descrevem os conhecimentos que, um a um, haveremos de
achar em nós próprios.
Bem isto essa fase dos humanos. A perfeição só existe no mundo das ideias, segundo Platão. Daí,
tocar em frente merece cogitação. Até quando Nietzsche dispara, milênios após, críticas às ideias puras e propõe o amor ao destino (amor fati),
ao alimentar a Verdade ser uma ilusão e a Liberdade o estado puro das vidas que
aqui vivemos.
...
Desse mergulho em si mesmo, através da intuição e do
aprimoramento moral, entretanto, vem o encontro de outra dimensão que não seja
essa de agora. Contudo a exigir do autoconhecimento, que pode apenas ser
transmitido em palavras, palavras que carregam o crivo da subjetividade, onde
todo código permanece restrito ao que, individuo a indivíduo, todos tem o seu
próprio. Eu digo o que penso que esteja dizendo.
Você ouve o que pensa que esteja ouvindo, pois.
Quais limitações determinam as regras desse jogo de
pensamentos fátuos? Os mistérios viram segredos e os segredos são mistérios em
andamento no meio das criaturas. Aqueles que chegam à Verdade veem-se restritos
ao território da inação, quando, nessa hora, densa névoa envolve a compreensão
e determina avanço tão-só pessoal nas vidas afora. Bem isto o limite da existência
e matéria prima do aprimoramento de todos, esses senhores exóticos do Absurdo
em revelação lá dentro da individualidade.
(Ilustração: Superman, o retorno, direção de Bryan Singer).
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