Uns que se alimentam de passado, outros de ilusão, na doce vontade que só cresce no decorrer do tempo. Carência tanta de encontrar o lenitivo de tudo quanto existe nos hemisférios, pensamentos e sentimentos amontoados, guardados na alma. Aonde for e lá ressurgem esses entes ansiosos das criaturas humanas, encapuzados nas folhas secas do mistério. Repórteres de si mesmos, mordiscam as migalhas jogadas fora no transcorrer dos dias. Claro que acreditam no que fazem. Sustentam as teses que nasceram consigo quais vendedores das próprias carnes. Luzes que piscam na escuridão das consciências ainda adormecidas. São cores infindáveis na tela das individualidades. Porém ser assim eis o motivo de andarmos nesses precipícios da iluminação. Viemos numa missão a ser interpretada no decorrer das existências, aceitemos ou não de bom grado.
Há um sentido de estar aqui, sentença em movimento que somos
nós. As árvores dos momentos às nossas mãos oferecem variados frutos. Dotados
de valores, plantamos ações e colhemos destinos. Nada importa o valor que nos
demos e o que outros queiram julgar. Peças de um quebra-cabeças móvel à nossa
liberdade, apenas seremos quando encaixar nos lugares certos aquilo a que
estamos neste chão.
As palavras falam disso com absoluta propriedade, no entanto
ao sabor das interpretações que bem dependem do grau dos desenvolvimentos
pessoais. Nada de pura moralidade. Apenas atitude da Natureza mãe e criadora
desse nós que cá habita dentro da gente. Quanta disposição que fossemos o autor
de tudo. A Terra vive cheia desses pequenos seres cheios de fome de viver à busca
do alimento que transporta no íntimo no processo de conhecer e utilizar com
sabedoria. Demora, precisa de prática, de atitude, experiência e de nada
depende a não ser da disposição de ler no silêncio e viver em Paz.
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