Quando o sujeito se imagina que obteve de Deus e manda ver a autorização de andar na Divina Graça, lá acima, nessa hora, o Bem e o Mal correrão por conta e risco desses mandantes, a querer posições além da imaginação. Ninguém pariu Deus só no interior do pensamento, onde a parte não comportaria o Todo. Ainda que haja leis profundas que regem o assunto, a Liberdade de Deus. A Liberdade é Deus.
Transcendem a força humana os domínios superiores. Ordenar os fenômenos da natureza, espécie de maestro feiticeiro, significa excesso de confiança dos homens nas cabalas e convenções, palavras do encantamento criadas pelos próprios autores a título de comandar os fenômenos. Milhões falam alto frases de poder, sem, no entanto, saber o que dizem, e pecam nessa hora.
Contudo existirá faixa valiosa de exercício da bondade suprema à medida que usufruam os aprendizes da condição de praticantes do bem que exercitam o que ensinam, porquanto os ditames da coerência em tudo convergem. As ações e reações imperam os acontecimentos gerais do Universo. A essência dos valores invisíveis administra a medida exata do quanto existe, longe da vontade limitada dos expertos comerciantes.
Imaginar um Deus humanoide, mesquinho, interesseiro, que se convence diante da fraqueza dos bajuladores, aliciados nas bancas dos cambistas, confronta o mínimo de bom senso, a querer transformar plano mais elevado em meros joguetes de quintais da fama fácil desse chão carcomido nas contradições de poeira.
Distante, infinitamente transcendente, dentro, bem dentro da importância de valores exatos, matemáticas da fé e da consciência, ali se viverão experiências inigualáveis, comunhão do Eterno Amor, saborosos postulados da bondade plena, soltos das amarras paroquiais da matéria. A coragem extrema da ânsia de realização do Ser assim revelará na alma da gente o Sol.
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