segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Na força do Tempo

Quadros mil espalhados pelas estradas, mostram o senso inesgotável do Tempo no sucesso das suas decisões. No candomblé, ele, o orixá Tempo merece o destaque diante das tantas outros santidades. Senhor absoluto de situações e fenômenos, aqui está de olhos bem abertos, independente do ponteiro dos relógios. Livre dos horários, Tempo desfila no transe das agonias e oportunidades. Qualquer humano que se preze respeita o Tempo, valor inestimável e pródigo nas ações dos acontecimentos. Já os gregos, lá possuíam deus Cronos, que paria e devorava os próprios filhos. Máquina de proporções fora de quaisquer cogitações, vive solto no ar da Liberdade pura e circula solto no eito das limitações e dos desesperos de quem resolve confrontar seus embates e suas determinações, neste chão das maravilhas.

Houvesse super-heróis que fossem, surgiriam prudentes perante as garras do Tempo. Dariam nenhum passo fora do circuito incorrigível desse mágico universal das Estrelas. Bem dissera Felipe Camarão, junto das lutas da Independência, quando bradou no tribunal que o julgava a título de perversidade: - O Tempo é o senhor da Razão.

Assim, de todos nós, dormirá feliz aquele que respeita o dono absoluto das prudências, o autor e senhor de tudo quanto há, nos mundos possíveis e imagináveis, e inimagináveis. De armas em punho, ninguém vencerá todo exército e suprirá todas as carências dos procedimentos do nosso ator principal. Inimigos dos inimigos, e amigo dos amigos, descerá nos raios e subirá através das naves espaciais que nem saíram do solo ainda. Músculos imortais, sobreviverá nas mais destruidora hecatombes. Porquanto depois da tempestade vem a bonança eterna.

Quadros mil espalhados pelas estradas... Sorrir na inocência dos simples e adormece de tédio face à imperícia dos mórbidos. Suave perfume das  perfumadas flores, apenas observa na alma o quanto de saudade resistirá nos corações amantes passadas as tormentas da paixão. Doce amigo, irmão leal e artista magistral, acalma, pois, os aflitos e abraça, feliz, a Esperança, a boa esposa de todas as horas. Ah, que santo milagreiro, a tudo preserva e nada existe que lhe fuja ao domínio. Senhor.

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