domingo, 27 de agosto de 2017

A certeza da convicção

Nos primeiros séculos do cristianismo, quando a fé em Jesus galvanizava multidões inteiras necessitadas de esperança, quais as de hoje, a força com que aceitaram a transformação interior entre as pessoas a ponto de marcharem altivas às primeiras perseguições. Iam aos circos romanos de almas livres ao sacrifício. Seriam ali vítimas das feras famintas, dos gladiadores insanos, das fogueiras, o que divertia sobejamente aos instintos dos césares e da massa ignara, delirante nos poleiros dos estádios superlotados. Cenas de horror, a pão e circo, que alimentavam o sadismo dos ignorantes, a troco da exploração política e ditatorial de profissionais da descrença.

Hoje as manias dos humanos nivelam as épocas parecidas. A própria fé mudou de espírito. O que fora amor extremado na busca da Salvação virou interesse desnorteado pelas posses materiais. De que vale ao homem ganhar este mundo e perder a Eternidade? – indagou Jesus nos evangelhos.

Espécie de loteria da religiosidade, o valor das consciências pende aos paraísos artificiais do dinheiro, da fama, do sexo, dos vícios de outras espécies. O prazer pelo prazer, pouco ou nada importa o preço de pagar no correr dos ponteiros. Meros bonecos de marionetes absurdas, seres se exaurem na lama da autodestruição.

Daí apresentarem os tempos espécie de mutação moral que reclama inteligência. Quantas aberrações nessas fases críticas. Valores perdem o sentido, e enquanto nos tempos antigos desciam aos circos, de olhos abertos, os mártires da perseguição em nome da fé, agora carece de razões até às vítimas abandonadas nos guetos, paupérrimos e marginais. Fase escura de esperança, onde os vendilhões oferecem as almas no mercado da desonra e exploram o povo a mantê-lo escravo da mesma ignorância que lhes possui.

Mais que nunca, o presente requer a certeza da convicção, em que os princípios cristãos sejam o motivo forte de salvar si e aos irmãos de humanidade.

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