sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Limpar o coração

Abrir a gaiola daqueles pássaros ali prisioneiros nas horas de ausência dos gestos agradáveis e que deixaram de seguir seus trilhos no voo da continuidade, energias retidas de objetos que jamais haveriam de invadir corações leves, no entanto que assim o fizeram e agiram por conta só dos caprichos e do personalismo das dificuldades em conter instintos de dominação e sentimentos contrariados. Lavar com gosto o teto da visão na alma, purificar os instantes do passado e flutuar ao ritmo das canções de esperança e fé. Polir pálpebras do amor enquanto sintoma de pureza a nascer, crescer e preservar a espécie das saudades desnecessárias.

Por vezes hálito forte das tardes sertanejas pede com veemência isto de varrer as varandas do Universo disso, da poeira cósmica que dormiu nos lugares impróprios sobre pecados inventados pela rebeldia, preguiça moral que têm os momentos de parecer criar raízes dentro do espaço já estrito da pessoa, e fica ali remexendo de teimosa intrusa. Porém que aguarda atitude reverente da sabedoria quando as dores principiam incomodar e reclamam aquilo de abrir a grade das gaiolas do recalque e despachar corpos estranhos aonde jamais haverão de voltar.

Essa procura de iniciativa parece comprimir muitos indivíduos nas fieiras intermináveis da contrariedade vagando esse mundo, fase especializada em pedir bênçãos dos Céus rumo da Paz. Contudo tal anseio interessa com prioridade pessoas que sofram esses achaques e amargurem fechamento de rancores no interior da máquina sadia de sentir e viver com harmonia. Urgente providência, pois, limpar o coração, que representa sobremodo grandeza e inteligência espiritual perante os dias, que correm céleres no sentido das soluções definitivas do desejo humano de quem representa qual sujeito os desejos da felicidade.

Numa espécie de convite ocasional, segue isso de limpar o campo do território na cama da tranquilidade e aguardar bons filmes projetados na tela dos bons resultados. Palavras que saem dos dedos e escorrem na forma das horas, a preencher o firmamento de oração fervorosa de limpeza.

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