terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Algumas considerações de 2014

Ano eleitoral de novo presidente, novos governadores, senadores e deputados. Eleição pareia, por poucos pontos de distância no segundo turno de presidente e de alguns governadores, dentre os quais o cearense. A presidente se reelegeu por conta dos votos de Norte e Nordeste, em detrimento dos do Sul e do Sudeste, ora detentores do poder da informação, da indústria e do comércio. Espécie de Brasil com isso se revelou às vistas, já do conhecimento da história, Brasil de baixo e Brasil de cima, como dizer de Patativa do Assaré.

Bom, mas a unidade nacional não se abalou com isso, por conta do decantado dinamismo da política. Uns descem, outros sobem, ao sabor da maré e do vento. No entanto os tempos são bem outros, à conta da tendência natural do aperfeiçoamento das instituições. E a velha política hoje sofre os rigores da Lei e sua aplicação mais efetiva, causada com a pulverização do poder que já começa devagarinho a chegar aos órgãos oficiais da investigação e aos meios de comunicação, em grau de intensidade histórica que devassa e prende até gente enriquecida, a ponto de figurões importantes de antes irem parar nos presídios, nunca visto no Novo Mundo.

Quanto aos esportes, a decantada seleção brasileira, a Pátria de chuteiras na expressão dos cronistas, deu vexame diante da Alemanha, em plena Copa do Mundo realizada aqui no solo brasileiro, de placar a esquecer, esquecer não só o placar, mas talvez próprio futebol, no País o esporte das multidões. Esperemos, porém, seja diferente esse desencanto, pois mexeria com as tardes do domingo e algumas noites da semana face o brilho intenso da televisão e dos estádios, paixão nacional.

Bom, face dessas poucas considerações do ano que esvai, há que considerar o modo endêmico de uso das maquinetas criadas para telefone, no entanto transformadas em objetos de mil e umas, às vezes que serve ainda aos propósitos iniciais de comunicação. Agora, fotografa, filma, joga, escreve, manda mensagem, etc. e muitas finalidades, ícone dos tempos atuais, instrumento de preencher ausências e solidão que viraram os celulares.

E a era da tatuagem transformou sobretudo jovens, contudo lembrando a primeira geração do grafismo no corpo dos anos 60 pelo mundo inteiro. Deixa reviver o livro, depois transformado em filme, O homem ilustrado (Uma sombra passou por aqui), de Ray Bradbury. As pessoas sentem a necessidade urgente de marcar presença no tempo que desliza suave nas costas no Universo, enquanto formam e desmancham os traços da realidade ao fôlego intermitente do fole de ferreiro da constante Eternidade.

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