segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Um outro céu de nós mesmos

A vontade cresceu de esquecer os primeiros passos nesse chão e encontrar o século das luzes. Foram infinitas cavalgadas em lombo de animais esquisitos, dóceis no entanto impacientes de achar o caminho onde eles nunca existiriam. E nisso transcorreu o tempo suficiente a descobrir pistas necessárias e encontrar a Si no meio do Universo misterioso. Noites e noites. Horas vazias de sentido, porém alimentos de permanecer aqui e dar continuidade aos projetos e revelar o seres vivos dentro da alma. Solidões incomparáveis diante do tudo. Vezes sem conta e dores atrozes que invadiram o coração. O motivo ninguém jamais saberá.

No tal processo de esgotamento das expectativas, nas produções materiais do grupo social, tão só razão de sobreviver essa espécie vaidosa, o que explica quase nada do jogo que se repete ao infinito, longe de levar a lugar algum. Aves noturnas gritam pavor nas horas mortas dos seres humanos. 

Prudentes parceiros do destino, raros buscadores insistem continuar a luta de certa vez descobrir o segredo de ser feliz. Mas são poucos, entretanto. Persistem nem eu sei por quê. Nem eles talvez possam justificar as ações de seus passos no lombo das cavalgaduras e animais esquisitos. Padecem das travessias solitárias e acrescentaram uma fé inabalável nos ditames do futuro.

Andam que andam, vagam nas longas madrugadas. E ainda assim nutrem o desejo inesgotável de satisfazer o coração e chegar na paz. Sustentam a força de persistir e obter o sucesso ansiado. Somam as experiências de inúmeros fracassos, contudo sabem de Si quais frutos de todos os amores. Veem com ânimo forte o objetivo a que determinaram as vidas e o sonho.

Decerto serão eles os primeiros a usufruir da esperança transformada em luz, recolhidas as redes e os peixes dessa praia gloriosa e benfazeja. 

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