quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Tempos bíblicos

Há um amigo meu que, vez em quando, o acho nas praças ao lado de outros missionários portando cavalete com revistas que falam na Bíblia. Seguem denominação religiosa que trabalha o livro santo. Saem às ruas, às praças, na firme intenção de propagar o que vem ali escrito de séculos, até de milênios antigos. Histórias de povos que elegeram a fé qual razão principal, e seguiram adiante no propósito de revelar a si e aos demais o caminho de Deus, da Salvação.

Eles permanecem horas e horas na expectativa de ver chegar alguém que queira saber mais dos segredos transmitidos de geração em geração os quais falam da confiança nos profetas, nos Céus, na Consciência, nos santos que sacrificaram vidas em busca de um Reino guardado lá por dentro no refolho das almas.

Sim, a confiança maior de todas. Vencer as angústias dominantes da razão dos homens. Alternar dúvidas com esperança, viver tempos de luz, invés de só expedientes de ganhar as picuinhas desse chão, reino de vaidades e perdidas ilusões. 

Nisso, ao girar de volta aos dias atuais, títulos principais dos noticiários são guerras, as ansiedades na procura do pão, gotas grosseiras de periculosidade e sensacionalismo que aos ares de quem domina o vil metal. Os chefões dos capitais. Cidades feericamente iluminadas de carros de luxo e prédios indiferentes. Chaminés enormes de fumaça contínua, lucros e capitais sem pátria. Mesmos tempos de horas distantes. Desertos de refugiados, praias sem destino, luta íntima de povos largados ao destino.

Vozes que clamam à procura dos meios de obter a paz nos corações. Chegam às horas e eles se levantam, arrastam os instrumentos da divulgação das palavras santas e regressam aos pousos, tais pássaros que festejam o nascer do Sol. Quanta maravilha na certeza dos dias de felicidade. Que exemplo de fidelidade a propósitos superiores nessas pessoas, que insistem pela convicção dos ventos favoráveis de quando todos seremos irmãos e reinará perfeita a mais pura das Eternidades.

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