quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Um eterno agora

Diante do embate do medo e da coragem, os humanos baixam a cabeça e sofrem. Perdem assim o único modo de crescer, ver adiante, de obter a superação dos seus limites. Pois da cabeça ao sonho só haverá um passo, o que vem da mente ao coração. No entanto, adormecem de encontro à realidade e entregam aos fantasmas essa chance de vencer a ilusão, o que fará de nossas almas o território da Consciência. Fogem de si como quem foge da morte, desfaça o desejo de participar da vida e jogam fora a melhor parte, viver e ser feliz. Frutos da causa de amar, depositam, destarte, no altar dos sacrifícios, o único ser de Salvação, a essência de Si, a coragem de amar e morrer de amor.

Mas amar significa sobreviver aos ditames da morte e seus milhões de seguidores. Amar em forma de descrer do impossível e avançar pelas brumas sombrias da coragem, vencer os temores de perder de vista a vida. Jogar em alto mar toda a esperança e tornar a existência mero gesto de transformação.

Esse ousar contra tudo e todos, eis o inesgotável da coragem, vitória quanto ao medo de perder, motivos estes que alimentam o gesto de poder somam as forças que existem e confrontar os destinos. Razões, justificativas, sentido, virão nas palavras nascidas do âmago do Ser, já que fomos responsáveis por nós mesmos e de nós daremos conta face a face com o desconhecido. 

Ousar, acima das derrotas e ausências, pouco importa, vez haveremos de existir sempre senhores, desde quando viemos realizar a vida dos seres, razão mais que suficiente de ser feliz. 


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