quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Precisão de continuar a qualquer custo

Ainda que diante dos obstáculos aparentemente intransponíveis, de dentes machucados na função rotineira das sobrevivências, olhos secos de olhar o céu à procura de nuvens que façam chover nas horas tórridas, continuar se faz necessário todo tempo. Função da carência dos seres e objetos, continuar todo tempo, sobre pedras e paus, depois das fronteiras do absurdo de ocorrências esdrúxulas, nutrir de esperança gargantas secas e pés arrebentados. Nessa missão, reverter o quadro das decepções, dos desenganos, prosseguir feito quem não tem aonde voltar e precisa continuar todo tempo, solitários, abandonados, feridos, levar em frente a estrada que lhe possui e seja a porta do depois harmonioso. Segurar a barra, saber que vem pelo caminho o socorro de Deus, na luz dos corações em festa, fonte viva de todo sentimento bom. Satisfazer de esperança os sonhos das noites mais escuras, no entanto prenhes da sabedoria do silêncio. A luz da verdade, que a tudo origina, fornecerá os elementos essenciais do sistema em que trabalhamos a consciência do ser quais emissários da salvação prometida. Quanto aconteceu até chegarmos aqui, e disso quase nada conhece além das falas da imaginação. Pouco importa, pois, limites da capacidade humana perante o infinito às vezes solto no ar, noutras mãos do destino, contudo suficiente a persistir as individualidades à toda prova. Um Senhor que rege essa sinfonia eterna, e que também habita os refolhos da alma, força inesgotável e ciente, inteligência e coração dos perdidos ou transformados. Esse o dever que impera no seio da energia em movimento, razão da hora da gente aqui, no pensar das folhas que voam espalhadas no vento. Meros atributos à busca das atitudes sinceras, definitivas, somos nós, as migalhas do imortal segredo divino. Do avaliar das probabilidades, que vem revelar a história das imensas vastidões pela graça dos que merecerem chegar aos braços felizes da certeza.

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