quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Movidos a paixão

Dos próximos passos na estrada desta vida às maiores realizações dos impérios, construções de edifícios monumentais, monumentos siderais, ali debaixo se esconderá o desejo enorme da paixão incontida nos corações acesos. Quaisquer movimentos, nuvens que passem na esteira dos milênios, na sua essência trará esse apego à concretização do ser nos objetos, nos traços do firmamento de bichos em festa. Assisti, lá certo dia, em Salvador a uma peça denominado O que mantém o homem vivo. Desses momentos que ficam presos guardados nas dobras da memória, vez em quando lembro de me perguntar: - O que me mantém vivo. Alimento da ânsia de continuar vou trocando fichas nos estreitos daqui do chão. Aonde seguir, que ofereça alternativas entre o mal estar e o bom gosto de persistir nas filas dos viventes das estradas. Há, sim, motivos de sobra no impulso de obedecer a todo instante de viver. Normas rígidas de seguir, transpirar ao sol do meio-dia, suportar as horas de desânimo, apreciar a beleza da felicidade em volta, nas pessoas, nos sonhos, nas visões, aspirações...


A força da paixão dá a certeza dos melhores dias e revelar vigor da brisa das manhãs a tocar no rosto e trazer o sentimento à luz da vontade extrema de amar, ser amado e sorrir nas horas boas. A desistência virá, no entanto que seja nas derradeiras circunstâncias, de acordo com pressupostos inevitáveis de regressar ao plano espiritual e receber matéria nova, até pisar aqui outra vez e reencontrar os amigos e colher o bom que se plantou. 

Enquanto isso, contudo, desfrutemos a energia poderosa de concretizar os desejos sadios, nutrir de satisfação o território das verdades eternas que já se conhecem e produzir atitudes firmes de sinceridade. Erguer grandes ideias nos campos dessa paixão que nos apega no ato de viver com arte e valores bons.

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