domingo, 15 de novembro de 2015

Ler no tempo

Reunir os pensamentos e transportar as mudanças que se sucedem às margens desse lago imenso dos rios que correm no sentido da eternidade antes adormecida. Todo passo que alimenta o desejo de seguir adiante traz as fontes dos sonhos no silêncio dos dias. Na vastidão continental dessas lonjuras, portas abrem a luz da oportunidade. Mundos infindos. Modalidades novas de prudência no anseio das aves que contemplam o mar antigo das saudades guardadas no peito em forma de corações animados. Verdades por vezes dolorosas, no entanto verdades da experiência nova de milhões de vezes afirmadas. Quantos sonhos mais e mais haverá de haver nas dobras dos lençóis talvez adormecidos na mesma pele dos pesadelos enviesados. Foram muitos os que caíram nos campos de batalha da ignorância dos animais enfurecidos. Crianças estendendo as mãos à procura da paz que nunca vinha. Agora, no entanto despontam na solidão das praias distantes. Véus diáfanos que voam suaves no amor das criaturas humanas, depois que revelaram de si o sorriso da amizade. Um gosto prazeroso de esperada felicidade persiste no dominar tudo. As multidões dos sentimentos puros. Tudo, que é bom existir. Cores, tantas e quantas cores nas florestas reflorestadas. Esquecimento das mágoas, dos remorsos, dos rancores. As horas que passam velozes e nutrem a energia de clarear o universo inteiro que vivo solto no íntimo da alma da gente. Luzes, focos valiosos de virtudes, iluminarão esse palco de antigas aspirações de justiça. Manhãs esplendorosas de realizações primeiras assim preencherá o território sem fronteiras da certeza nos amores em festa. Por isso, nas calmas das vagas brilha a estrela do conhecimento. Ainda que lá fora insistam dominar o transcorrer do tempo, livro abre milhões de forma da salvação que grita por nós diante do trono dos altares acesos. Essa alegria de encontrar as pessoas que amam e se amam noutros abraços de pura consciência.

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