segunda-feira, 9 de novembro de 2015

50 anos de jornalismo

E era só... 50 anos de jornalismo, eis o título de livro escrito por Antônio Vicelmo do Nascimento que breve chegará ao público neste final de ano. Proposta autobiográfica, a obra significa bem mais do que apenas isto a que se propõe. Representa o instantâneo das cinco décadas em que o escritor testemunhou a história, utilizando o jornalismo qual veículo dos seus ideais libertários, numa síntese sobremodo representativa de quem viveu as contradições desse tempo, fazendo rádio, jornal e informando a sociedade na fase que retratou com o respeitável talento. Nas áreas da comunicação, onde exerceu o ofício de exímio e incansável buscador da notícia, desenvolveu as tantas qualidades que veio reunir agora sob a forma de livro.  


Além disso, Antônio Vicelmo, dono de amplo círculo de amigos e admiradores, demonstra nas páginas das suas memórias o gosto pela cultura popular, o que sempre refletiu na prática noticiosa apresentada diariamente consignando acontecimentos, sob inusitada e natural facilidade, para gáudio da gente interiorana que lhe acompanha e reconhece o senso objetivo com que aprecia e divulga a realidade brasileira. Faz da arte da reportagem fator de descoberta; viaja e entrevista grandes personalidades; as documentando com maestria naquilo que transmite. Nomes hoje consagrados dispuseram, na visão investigativa deste jornalista, o que os levaria ao centro dos acontecimentos.

Outro aspecto que enriquece o conteúdo deste trabalho que logo iremos conhecer de perto é o estilo comunicativo e humorado de Vicelmo, isso acrescido de algumas produções poéticas da sua verve pitoresca. 

Um dos ícones marcantes da nossa geração, o autor exerce, no decorrer de toda a publicação, as habilidades que lhe consagraram no exercício profissional de comunicador, a torná-lo intérprete representativo do Cariri em tantos dos seus aspectos de Região pródiga de tradições, religiosidade e beleza. 

O livro de 200 páginas disponibiliza, pois, de tudo, amplo material fotográfico e recebe os cuidados gráficos da BSG – Bureau de Serviços Gráficos, numa boa produção editorial.   

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