sábado, 21 de novembro de 2015

O caminho

Frodo deve procurar o seu centro, e iniciar a escalada, o caminho para a realização plena.                                                                                                                                                           Wikipédia
Que montanha encantada é essa? Que buscar adiante, no destino? Sair à procura de quê? Por mais, às vezes, pareçam fascinantes as histórias, os mistérios não revelados existem ainda passos seguintes que deve justificar o aonde ir, porquanto o tempo nunca pára de avançar. A gente endossa as paradas, que vêm em forme de variações, contudo a rotina de percorrer os trilhos do tempo continua passo a passo. Espécie de sucessão ocasional de que façamos  o que de melhor achemos, insiste na cobrança das responsabilidades, nesse caleidoscópio sem final.

Que inconsciente? Onde mora? Como encontrar? O caminho do inconsciente quer significar esse ter de seguir sem conta no andamento da viagem insistente dos sucessivos momentos inevitáveis. Espécie de loteria da felicidade, nós e o tempo, acesos no mesmo continuar individual e coletivo. Nós e os outros, nós e a sociedade... Entra ano e sai ano, esse persistir. Uma energia que vira matéria e uma matéria que torna à energia... (Ao pó retornarás.) Oráculos de nós mesmos, contemplamos o panorama dos dias de olhos fixos no prodígio da humana condição. Se o caminho é a própria existência, aonde nos levará existir?

Vêm respostas por meio das filosofias, religiões, psicologias, todas no entanto sob perpassar o crivo da razão acostumada ao movimento dos barcos no pisar dos passos. Perguntas mil em forma de lampejos de consciência indagam a sorte e respondem elas mesmas, tal quem se puxa do passado pelos próprios cabelos.



Há igualmente aspecto diverso, o sentimento, que fala noutra linguagem, esta à maneira dos poetas, dos místicos, artistas, tom abstrato de percepções particulares, subjetivas, das quais existem provas imensas, contudo a serem testadas na sala da alma nalgumas horas presas aos poderes da razão, que evita abrir espaço definitivo a isso que não compreendeu de sentir, tutora exclusiva das interpretações do segredo que recupera em jeito frio de afirmar e nunca só provar o desengano a que larga os humanos e suas aventuras de encontrar o Caminho.

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