quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Essas visões do Paraíso


Duendes em massa buscam invadirm o trono dos contentes, deixando atrás de si estradas largas de noites escuras, porém. Isto que hoje se vê a cada momento, nuvens de ilusão a preencher o vasto campo da percepção, clara demonstração de poder encontrar dentro de si o senso doutra consciência, até agora persiste apenas nos números de uma loteria imaginária, lendas e mitos.

Contudo lá de longe sempre chega o que antes tantas vezes viram nos pergaminhos do Destino e contaram a quem quisesse desvendar entre os algarismos da longa história. Bem o mistério que ronda silencioso as mentes dos seres vivos, mostras cabais doutras existências, doutros níveis de percepção, noutras dimensões que sejam. Vive-se disso, das folhas que enverdecem a todo ano e depois voam ao vento até desaparecem no silêncio. Nós, aparentes paisagens de tantos sonhos, desejos, vontades... Olhos que contemplam as luas, os sóis, estrelas, florestas e mares. Há de saber, no entanto, muito mais à medida do Tempo em volta.

Vemos nítidas as flores, os sorrisos, pores de sol, belos animais, pássaros mil, cânticos e suas músicas inesquecíveis, instantes sublimes, paz no pensamento, viagens encantadoras, saúde, paciência, conformação, horas felizes, entes queridos, livros geniais, filmes perenes, formas belíssimas, sons, cores estonteantes, paisagens definitivas, amizades, amores, saudades, evolução entre os povos, palavras saborosas, valores reais, tudo o que significamos de existir e criar em volta da gente quais criaturas mágicas. Um único bocado disto, pois, são vastos sinais de onde, lá certa feita, nascemos cheios de oportunidades, a braços com os desafios da espécie humana, alimárias do Destino.

Aqui junto de nós, portanto, acenderemos, nalgum instante sagrado, o crivo da certeza de viver em harmonia neste Universo de que somos parte integrante. Eis o pomo da sonhada Salvação a que viemos e que ora desempenhamos a sua realização.

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