A Via Láctea bem que significaria o espaço disto acontecer. São eles os seres em movimento sob o crivo da mais distante das interrogações, no entanto que cumpre desígnio fabuloso dentre todos propósitos de Autor monumental. Essas respostas vivem soltas pelos céus, pois. Seremos isso, meros observadores de um roteiro previamente traçado desde sempre por força de significados sublimes. No princípio, em forma das inscrições rupestres entre lápides e rochedos. Depois, os primeiros grunhidos vieram nas palavras articuladas de inteligências entre si. Só mais adiante, as cartas. Os papiros. Teatro. Circos. Livros. Jornais. Revistas. Discos. Telégrafo. Rádio. Telefone. Cinema. Televisão. Computador. Internet. Celular.
Uma espécie de solidão percorreu os caminhos deste chão nas
longas horas de sono profundo de tantos, largados na busca do Infinito neste
jogo entre o pensamento e o sentimento, que arrasta a aventura humana pela
Terra. Nisto, ninguém há de prever nitidamente o destino do quanto existe e
virá no brilho das estrelas distantes. Fôssemos anotar com clareza o sentido do
quanto perfaz o simples do Universo e ter-nos-íamos face a face conosco
próprios, senhores silenciosos do Absoluto.
Quiséssemos tão só considerar o resumo de quantos
acontecidos e nos depararíamos às bordas do inexplicável, do impossível de
saber a quê. Enquanto isso, todos marcham irreversíveis à busca de novas
interpretações, agora nascidas de dentro da Consciência que o somos. Ainda que
fruto de mergulhos extremos nas ideias, nas lendas, fábulas, o senso que tudo
perfaz resulta do mero andar de fenômenos e interpretações, faltos de conhecer.
Dessa interiorização inevitável de todos em si resultam
valores apenas relativos da versão deixada lá nas cavernas e transpostas,
depois, nas grandes navegações, no domínio do mais pesado que o ar, na sanha
selvagem de sujeitar a multidão e artesanato de novas rupturas do Eterno que a
tudo domina. Isto em respeito aos místicos e suas viagens transcendentais pelas
lonjuras. Porém seremos estes mesmos de olhos postos na distância e sedentos de
maiores sonhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário