Em face do que uma amiga me contou, quero trazer aqui uma história de espanto do que ocorre no município de Barro, no Ceará, registros esses guardados pelo povo da localidade e que vale de tocar adiante, em nome das tradições dessa gente.
Fantasia
ou não, essa história retrata um misto de verdades preservadas pelo
imaginário de acontecidos contados pelas pessoas mais velhas no sertão do Ceará,
especificamente da zona rural do Sítio Alegre, no Barro!
Ela narrou que a casa da
família de Mané Domingo ficava bem à beira da estrada. Hoje em ruínas, dela
só restam um pé de trepadeira e os degraus de entrada da antiga construção, que
sobreviveram ao desgaste do tempo. Em torno das tais ruínas, circulam essas notícias,
a registrar que mesmo mais recentemente ainda causam pavor nos que se aventuram
de ali passar nas caladas da noite; são ruídos esquisitos que quebram o
silêncio noturno e causam medo aos vivos.
E o que se sabe, através de muitos desses
que vivem nas proximidades, é a história de situações que os intrigam a
propósito dos antigos que lá moraram, aí pelos anos 50 até 95.
Que as portas e janelas da residência
batem forte, isto sem vento algum ou ninguém por perto; sons de copos que se
quebram, e talheres e panelas que caem, fazendo barulho por dentro da casa.
No sótão, quem dorme próximo ouve
ruídos de passos e batidas na madeira; de corrente de vento que circula a casa agora
sem as portas ou janelas; pisadas de gente a correr pelas imediações, isto
durante aquela escuridão que evolve o local abandonado. Os que já escutaram essas
histórias contadas pelos mais antigos nem ousam chegar próximo dali durante as
noites sertanejas.
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