Em volta de tudo a vontade que permita ir adiante nessa busca de encontrar o destino. Ânsia incontida dos poetas, compositores, intérpretes, no entanto que esbarra nos limites da condição de sermos hoje. Quiséssemos ainda mais, mesmo assim na certeza de tocar as muralhas dessa prisão de carne em que se vive e o tempo inteiro seria outra das ilusões evanescentes. Nem de longe que serviria querer fugir sem ter aonde. Sabe-se da luz de que falam tantos. Nomes indiscutíveis da tradição oferecem os meios, contudo a serem localizados dentro de si, e não fora. Daí os infinitos de braços abertos ao senso da procura de todos os seres inesgotáveis, misteriosos, que persistem na longa jornada desta vida.
A História vem dos avanços através do quanto até aqui
possível foi desvendar, ouvir, fazer das ações de todos o além das próprias
limitações. Há secretos poderes que dispomos isso a desvendar mediante mil
renúncias e discernimentos, trabalho e conformação. O movimento incessante das
marés avisa, no pulsar dos corações, o poder que resta, pois, de cadenciar os
desejos e cumprir as sequências naturais de tudo durante todo tempo.
Além do que viver individual existe o viver do Eterno. À
medida do ser, aflora o trilho a ser preenchido cada instante.
São, destarte, cogitações que vêm de dentro e gritam forte ao
senso da realização, isto sem desânimo, de um jeito exato, nas marcas deixadas
pelos dias na alma da gente. Escutar a voz do Infinito bem nos primórdios de
tudo de que somos parte integrante. Um autoconstruir constantemente. Saborear as
normas da existência quais quem chegou pela primeira vez, e pronto.
Fôssemos duvidar do quanto ora aqui esteja e tudo não
passaria de mero exercício do imaginário esvoaçante. Com isto, onde ficaria a
beleza original, a exatidão das matemáticas, o fulgor do Sol e a pureza do
Amor?!
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