De comum existe uma idolatria dominante nos costumes individuais. Nesse patamar habitam inúmeros patronos da aventura humana. Espécie de escolha permanente, as pessoas postam fichas em valores particulares, com isso encontrando respostas parciais ao grande sentido de existir. Os exemplos variam ao infinito, desde apegos frios a vícios prejudiciais à saúde, quais drogas, alcoólicos, doces, frituras, carnes, refrigerantes, às dependências excessivas a clubes de futebol, sexo, violência, manias e fanatismos vários. Onde está o teu tesouro, aí está teu coração, afirmou Jesus de Nazaré.
Diante, pois, da gama desordenada dos instrumentos que
oferece a sociedade global desses tempos, surgiram os meios de comunicação portáteis
denominados celulares, ora promovidos a computadores de bolso, brinquedo por
vezes nocivo enquanto não encaminhados aos níveis de peças eficazes e valiosas
de produção e cultura.
Mas a cada um de acordo com o merecimento, lei infalível da
justiça superior; nem sempre os usuários dispõem da consciência desenvolvida a
utilizar com sabedoria os recursos da civilização. O que poderia servir de
equipamento de aproximação sadia entre os seres humanos incorre no grave risco
de reunir escórias e destruir a boa comunicação, arrastando consigo, inclusive,
conquistas morais imprescindíveis à boa convivência.
Nisso afloram as limitações do momento, fase intermediária
que requer maior consciência. quando solitários agem dentro de princípios
éticos desnecessários. A ausência é atrevida, qual diz o saber popular. E na
conta de utilizar o instrumento poderoso da comunicação de forma a ocorrerem as
audácias da clandestinidade. Quantos e quantos atentados ao pudor vêm sendo
cometidos nas tais situações de isolamento. O que ninguém imaginaria, afloram
instintos e perversões, gerando maldades multiplicadas.
O que antes dar-se-ia apenas esporadicamente no escuro das solidões, agora impera também nos presídios e nas masmorras, provocando o poder das trevas entre os repastos da cidadania permitida. São deuses eletrônicos que investem contra o inventor, alarme rude e interrogativo das novas esfinges: Decifra-me ou te devoro.
(Ilustração: Reprodução (https://conceitos.com/idolatria/).
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