O Poeta chega ao dia em que desperta e tem a certeza de que nunca adormecera. Olha o Sol e inicia um caminho de alguns poucos passos para beber na fonte cuja água lhe molha os pés, enquanto no peito dói a ânsia de sobrevoar o Universo, sem pátria e muito menos pouso certo.
Uma manhã de junho. Na Serra, esperança afoita,
donde trinam pássaros coloridos, nas flanelas das bananeiras. O gado pasta
indiferente ao triturar das moendas dos engenhos em começo de moagem. E as
águas descem gorgolejantes as lajes da Cascata.
Frio bom, brisa gostosa e a música do estio. Uma
solidão cúmplice a falar de planos maiores em elaboração na mente de Deus. O
homem e a espera, qual centauro que abrisse os olhos pela primeira vez. Vê o
Vale que desce das encostas, indo repousar lá embaixo, nas cidades esdrúxulas;
minutos que voam em farejo do novo que nasceu.
O Cariri traz, em Geraldo Lima Batista, a
escrita da renovação, mais do que poesia, vigília e certeza, aviso de
preparação do Futuro.
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