Bem isto, de buscar a si mesmo, vidas e vidas até cruzar a longa distância entre os pensamentos e os sentimentos, o interesse e o Amor. Daí, depois das tempestades da compreensão, vemo-nos diante doutras ocorrências, quais sejam de como dominar as paixões e achar o sentimento maior, verdadeiro, eterno, de amar, sendo este o fiel da balança dos sentimentos. Já escaldados de tantas dúvidas entre o instinto e a realidade, padecemos da síndrome do desejo à plenitude.
As histórias refletem os contrastes da espera de revelar o
senso do Absoluto que dorme nas entranhas dos seres em evolução. Nisso, pesam a
carne férvida, o jogo de claro/escuro das horas e as saudades que alimentamos
dias afora de presenciar aquilo que possa corresponder à satisfação definitiva
de existir. De olhos por vezes imprudentes, corremos, pelas jornadas dos
impulsos, à procura da Luz. Não poucas vezes, no entanto, presenciamos sumir
nas estradas as réstias que seriam a força viva de que tanto carecemos.
Durante todo tempo, os pratos da balança perduram nos nossos
próprios braços, ao sabor dos ventos, das marés da pura sorte, porquanto
deixamos de lado a prudência, a esperança e o valor da concentração naquilo que
aspiramos. De algo, porém, vive-se a certeza de que houve um mínimo progresso
no correr das estações; tal nos fala a coragem de continuar e sustentar o senso
desta razão de descobrir a plena felicidade. Enquanto isto, olhos fixos no fiel
dessa balança do outro lado de existir, assistimos aos novos instantes de
revelações e paz. Assim, face a face consigo mesmo, tangemos o trilho dos
destinos na disposição de chegar, lá um dia, em um plano equilibrado de tudo
quanto há.
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