Quando menos espero, me pego lembrando pessoas a quem poderia ter feito mais e disso não me apercebi naquele momento; hoje, vêm as cobranças lá de dentro, do que me cabia fazer e, na ocasião; fui desatento, ou insuficiente. Isso pesa um tanto (como pesa), pelos corredores da consciência tais desleixos, por vezes de consequências nada felizes. Enquanto eu, bem ali perto, talvez a pessoa escalada de cumprir tal desiderato, no entanto fora omisso por demais. Lembro alguns desses acontecimentos que fugiram dos meus domínios por comodismo, e sendo a causa da ausência de sentido, naquelas situações. Contudo agora vejo que há sempre um novo amanhecer, outras oportunidades, a depender tão só da disposição e da atenção dos que possam servir no cumprimento do dever.
São estas percepções que fazem da gente criaturas afeitas às
missões no serviço dos demais. Esta a dialética entre egoísmo e caridade,
palavras adotadas sobremodo nas religiões. Abrir o coração e servir ao próximo
qual razão de ser das existências, no exercício da evolução. Abrir o coração ao
sentimento de amar, a grandeza maior do Universo.
Toda dedicação corresponde, pois, a respostas iguais e em
sentido contrário. Quem faz o bem é a si que o faz. À medida que evoluem, os
seres compreendem e agem deste modo. Eis a lição principal da natureza em todo
tempo. Linguagem perfeita dos que querem a sonhada felicidade; abrir mão de
ganâncias individuais e ver os outros quais instrumentos de nosso crescimento
moral, espiritual.
Daí quando, nas vezes em que chegam as lembranças daquelas oportunidades
perdidas, sempre peço que retornem de outra forma e anistiem os passados
infelizes. A isso, estejamos sempre ligados nas novas chances que venham refazer
dos erros antigos e construir a paz da consciência, através de providências que
as situações possam requerer. Só sabe o quanto de satisfação tem servir com
alegria quem o faz de um jeito desinteressado.
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