Nas minhas andanças com Gabriel, meu primeiro neto, aos finais de tarde do Grangeiro, sempre vêm temas que motivam maiores aprofundamentos, a exemplo deste: as Fases da Globalização, que, segundo falou, são estágios dessa civilização em que a gente vive. Numa primeira fase, a das Grandes Navegações, houve a expansão pelo mundo de nações que viriam colonizar os povos mais distantes utilizando navios a vela, pesquisas e as cartas de navegação, espécie de síntese de um tempo e saturação da raça humana só nalguns territórios da Europa e da Ásia.
Adiante, viria segunda fase, a da Revolução Industrial, fruto do desenvolvimento dos teares mecânicos e do uso de novos combustíveis fósseis, a propulsionar o crescimento do monopólio capitalista e o predomínio do capital sobre o trabalho.
Até surgir uma terceira fase, a da Guerra Fria, no pós-Grandes Guerras, na consequente partição ideológica das nações, consequência da divisão entre os exércitos vitoriosos da Segunda Guerra, os russos e os americanos.
Bom, até então, foram dados estabelecidos pelos seus estudos de Geografia e História, que transcreve com facilidade, matéria dos livros em que aprende. Porém acrescentou que estamos em vias de uma quarta fase, a da Era Cósmica, isto já resultante das cogitações de quem vive estes tempos contraditórios, pandêmicos, de tanta informação e tecnologias refinadas, ao dispor das idades, computadores, celulares, filmes, contatos pessoais, imaginações aguçadas, apreensões várias, etc.
Nisso, puxei pelos seus conhecimentos, somados a viagens dos que querem interpretar os sinais desta hora de suposições e expectativas, quando me falou o seguinte:
No início da quarta fase, a gente tem que evoluir nas tecnologias portáteis, celulares, relógios digitais; daí, chegaremos às tecnologias espaciais, por conta de acontecimentos que possam ameaçar a vida na Terra. Também iremos evoluir nas tecnologias ambientais, face à necessidade de criar ciclos naturais quando chegar na colonização de outros planetas aonde habitaremos a fim de sobreviver. Haveremos de aprimorar os supercomputadores de hoje, que podem até traduzir o DNA humano, pois agora temos essas máquinas, mas que são enormes, e precisamos reduzi-las a tamanhos menores, para que transportar conosco a esses outros lugares do espaço e levar daqui todo esse conhecimento das civilizações que aqui viveram.
Perguntei, nessa hora, se a Humanidade tem condições de realizar tal objetivo (reduzir esses equipamentos), que os possamos transportar nessas colonizações, carregando toda a informação que existe aqui na Terra. É possível fazer isto?
Ele rápido simplificou a resposta: - Ainda não...
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