sábado, 31 de maio de 2014

O rio do tempo

Estudiosos de mitos e lendas consideram ser a mitologia uma religião coletiva dos povos. Isso traz à lembrança o deus Cronos, da civilização grega, aquele ente que pare e devora os próprios filhos. Cronos, deus que entre os gregos clássicos representa o Tempo, e este que, por sua vez, no candomblé, religião afro-brasileira, merece devoção das mais intensas no culto das divindades. Bom, o quadro deste modo iniciado esboça aquilo que pretendemos: Observar o tempo sob o ponto de vista de rio do tempo, qual diz o título do comentário.

Heráclito, pensador nascido na Grécia, afirmou que ninguém toma banho duas vezes no mesmo rio. Pois as águas de antes não são as mesmas, a paisagem mudou a cada instante; mudaram os pássaros, o vento, a luz, as cores, as moléculas da existência, porquanto tudo vive em eterna mutação celular. Assim, o rio do tempo, incansável, imperecível, constante na ação de viver, ritmar a vida, dentro e fora da gente.

No instante seguinte, tudo pode está noutro lugar. A leveza mil da mudança perpassa a existência universal de todas as manifestações, no tempo. Uma dualidade esta que envolve todas as outras dualidades, em pulsação permanente quais batidas de um só coração unido por vasos, artérias e veias da Natureza imensa.

Tais avaliações levam a reunir os conceitos de outras afirmações, as do dito Efeito Borboleta, por exemplo, onde fala que um simples bater de asas de uma borboleta na Nova Zelândia mantém ligação com acontecimentos diversos, noutros lugares, a ponto de iniciar reações e fenômenos próximos ou distantes. Espécies de gota d’água que sujeitam causar inundações dentro da ordem natural, pois mínimos detalhes compõem oceanos que se comunicam entre si.

Portanto, o que une a esfera de raio infinito do Universo circula através do filtro do momento, no tempo, o pulsar de cada coração e átomo. Enquanto isso, nós, seres ditos conscientes, é quem dá nexo ao poder magnânimo do tempo, à medida que plasmamos a existência por meio de pensamentos e sentimentos, o sentido único da História.

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