sábado, 17 de maio de 2014

Do direito de sonhar

Cabe-nos perguntar, em que madrugada deixáramos fugir a esperança nos dias melhores, naquilo chamado de transformação que deu em tanta música de esperança e encheu festivais, ruas e mentes, na vontade de renovar o mundo?

Nisso em que buscávamos as utopias sinceras no tablado cinzento de lutas heroicas e debates acalorados? Será que desta vez lideranças autênticas levarão chance, quem sabe? Haverá comandos de largas mudanças e realizações autênticas? Só Deus. Ele sabe tudo.

Aguarda-se, pois, ainda hoje, a preservação dos valores da justiça social, dos direitos humanos, dos postulados de igualdade, liberdade, segurança, fraternidade, do crescimento econômico partilhado e das oportunidades de todos, da ética em mãos que cumpram os compromissos do dever.

Que se responda à altura o desafio da máquina capitalista, na esperada resposta humana através de projeto real que aguarda séculos. 

Reconheçam o caminho, sem dúvida, quais bichos acostumados de volta à casa do dono. Depois do que se viveu o que vivemos nós, nada parecerá novidade. Se tivermos boa-fé, ficará a palavra com o futuro próximo.  

Aos homens públicos, eis imposto o senso de buscar metas livres de comprometimentos só ideológicos e particulares. Exigem-se muita sinceridade e coragem, além das outras qualidades essenciais ao homem público.

Sonhos claros, aspirações infinitas, compõem o quadro. A responsabilidade disso exige altivez, coerência e rumos independentes. Os eleitos enfrentarão momentos críticos, situações extremas, porquanto nunca antes se viu importância tamanha de escolher pessoas e determinar destinos.

Discursos e propostas não enchem barriga. Quer-se o exercício. Fora com a subserviência a regras dos mundos injustos, prepotentes, pragmáticos, oportunistas. O País possui condições determinantes, da inteligência à criatividade. Reclama, no entanto, praticados da verdade, porquanto somos nós o sistema que dizem nos dominar. Com trabalho e disposição se reverterá o curso dos perdidos acontecimentos. Querer juntos fazer o mínimo que pode a lucidez da democracia oferecer durante todo tempo. 

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