domingo, 25 de maio de 2014

Reformas estruturais urgentes

Neste tempo de tanta nudez, há que se deixar cair as peças íntimas que cobrem a mistificação e domina os legislativos. Vamos começar a fazer o dever de casa, adotar comportamentos realistas diante da grave crise e de tantas coisas fora do lugar, que andam soltas, nos títulos vespertinos dos jornais e na edições sensacionalistas de televisão, desde crimes de morte a sequestros, isto em todo o território nacional. 

Quase pensaram que nada acontecia de perverso depois que voltaram os ventos democráticos, que resolveriam o déficit das calamidades anteriores, na claudicante história brasileira.

Quando abrirem os olhos e virem os muros totalitários, cruéis, em volta da vida e dos sonhos, irão enxergar de qualquer jeito o esforço inútil até hoje despendido tão só a mitigar feridas e sintomas do cancro imenso, mantido pelos detentores dos privilégios, elite carcomida e vaidosa. 

Invés de grandes mergulhos às causas primeiras dos erros que refreiam o senso da solidariedade e os objetivos da felicidade social, o cidadão resiste prisioneiro dos líderes que ascendem ao poder. Apenas adotam comportamentos parciais, à margem das decisões que, no entanto, permanecem longe da essência do que importa de promover.

O País precisa, com a máxima urgência, das reformas ditas estruturais: reforma política, reforma tributária, reforma judiciária, reforma previdenciária, reforma agrária e outras mais. Agir de modo claro, sem o engano dos séculos que se arrastam, na sombra dos reais objetivos do Estado, sociedade politicamente organizada que se forma a custas do atraso da consciência de milhões, manipulada por profissionais inescrupulosos.

Queiram chegar a lugar ameno de justiça e paz social, rendam-se a estas evidências, o que reclama atitudes coerentes, honestas. Nunca a força do progresso exigiu tamanho esforço da nacionalidade quanto agora, por conta dos males impostos por macroestrutura deficiente.

Ninguém que se preze em dignidade acredita, por exemplo, que apenas a redução da maioridade penal, por si, resolveria os descalabros da injustiça social instalada. Nada menos justo do que impor só à juventude pobre, desempregada, rejeitada pelas instituições, os erros da violência, das drogas e da prostituição que invadem programas de televisão, praças e estádios, qual maré desordenada, subproduto da elite política inoperante.

Caso recluir adolescentes resolvesse os problemas da criminalidade, ninguém melhor do que o povo de São Paulo para responder ao desafio, com Febem's superlotadas, conflagradas. Presídios parcializam os males do crime a quatro paredes, contudo o fogo da miséria humana sujeita seguir seu curso de cobranças e desigualdades, haja vista a maior democracia do mundo, os Estados Unidos da América, onde 1% da população vive dentro das grades. Os resultados disso: exportação constante da violência a outras nações, em forma de guerra, para utilizar a mão-de-obra e as armas da indústria, especializada em tirar vidas que aflora sem disciplina onde menos se espera.

Às reformas, portanto, brasileiros, que veremos em algumas gerações a retomada do crescimento econômico e estabeleceremos a esperança no coração de todos!


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