Isso também aconteceu
no México dos tempos das conciliações após o caos reinante na Revolução, inícios
do século XX. Eram tantas as tiras de comando entre clãs de mais diversos
matizes, tropas e jagunços, bandoleiros dominando feudos, armas espalhadas por
tudo quanto lugar fosse, tropeiros confederados, facções, gangues e partidos,
que alternativa inexistiu além de chamar aquele mundaréu desencontrado à volta
das mesas de negociação e formar um pacto sob a égide da famigerada
governabilidade, cortejada de tantos e execrada de muitos.
Ali trouxeram cabras,
fuzis, rifles e balas, desde Emiliano Zapata, Pancho Villa, Álvaro Obregón a
Venustiano Carranza, Victoriano Huerta, Félix Diáz, chefes esses comparáveis, nos
termos de Brasil e de práticas, a Jesuíno Brilhante, Sinhô Pereira, Floro
Bartolomeu da Costa, Sabino Gomes, Virgulino Pereira da Silva, Corisco o Diabo
Louro, dentre outros líderes das hostes nordestinos, isto mudando o que deva
ser mudado, sem, no entanto, avaliar os desdobramentos posteriores por vezes de
tristes memórias. Contudo, nas primeiras tratativas de organização ali estavam
os principais nomes cujos donos antes agiam soltos durante a anarquia inicial
daquela sociedade.
Isso falo a propósito
de métodos políticos que visam conciliar interesses políticos variados e circunstanciais,
com sentido de estruturar governos que conciliem populações, no decorrer da
história humana. Ocorrências diversas há de se obter noutros processos
históricos, quais Revolução Inglesa, ancestral das similares no Ocidente, Unificação
Italiana, finais do feudalismo japonês, Revolução de 30, em nosso País, o que,
de certa forma, lembra o Pacto dos Coronéis, no Cariri de 11 de outubro de 1911.
Certa feita, ao tempo quando
assessorava D. Violeta Arraes, na Universidade Regional do Cariri, e ela
retornava de Brasília, onde estivera com o então presidente Fernando Henrique
Cardoso, me disse uma frase que ouvira do Primeiro Magistrado da nação:
- Violeta, não existe
poder. E, sim, fatias de poder.
Restam, deste modo,
algumas reflexões oportunas quanto a essa arte célebre de engolir sapos, como definem a ciência da Administração,
que preços pagar em relação ao modo de governar povos, neste mundo de meu Deus
e dos homens?!
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