quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A lenda de São Cristóvão

Vivia às margens de rio de intensa correnteza em que auxiliava a transportar pessoas durante a travessia perigosa. Ele, de estatura além da média e que conhecia os trechos das águas, merecia a confiança dos viajores. Nalgumas situações, havia de transportá-los às costas. Sempre demonstrava dedicação ao seu trabalho e cumpria com abnegação a tarefa de servir às populações daquele lugar, nas terras do Império Romano à época do imperador Décio. 

Lá um dia, num final de tarde em Cristóvão acabava de realizar seus afazeres, se viu chamado a cruzar mais uma vez o rio, porquanto na outra margem havia uma criança que precisava chegar ao outro lado das águas turbulentas. 

Desprender largos esforços no movimento daquele dia, e considerava já ter cumprido o que a ele coubera fazer. Ainda assim, gritos insistiam em que cruzasse de novo a correnteza e fosse buscar o menino que aguardava o valioso auxílio de alguém lhe carregar às costas no difícil trecho da viagem. 

Nada que dissesse serviria para acalmar os chamados persistentes que ouvira. Nenhum argumento, nenhuma desculpa. E Cristóvão fez da fraqueza a força e resolveu atender ao pedido. Rumou à outra margem do rio e avistou garoto que o aguardava esperançoso.

Aproximadamente no centro das águas, que surpresa aguardava Cristóvão ao ouvir da criança ser ela o Criador e Redentor do mundo, o Menino Jesus, e que vieira a ele trazer a Salvação, vindo daí o seu nome, aquele que transportou o Cristo. 

Ao chegar na terra firme, a criança ordenou a Cristóvão que fixasse seu bastão ao solo, daí nascendo de imediato um palmeira frondosa, o que muitos presenciaram e consideraram milagre de Deus. Nisso várias das testemunhas se converteriam à fé cristã. No entanto, a fama do operário chegaria aos poderosos de então, que perseguiam seguidores de Jesus. Por tal motivo, Cristóvão seria martirizado. Eram os primeiros tempos do Cristianismo.

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