segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Cantar é com os passarinhos

Nas horas de Deus amém, quando a gente observa caminhos tortos que percorreu e sente de perto o ranço das consequências do que fez no passado distante, que agora sujeito voltar a buscar o preço, resta não outra que razão diferente de olhar a natureza, contemplar, quais dizem, e viver de perto as bênçãos do Criador. Buscar meios de acalmar os sintomas dos equívocos e acertar a casa da paciência. Viver de novo o que ficou lá atrás de maneira certa, sob o prisma da virtude.


Trabalhar os sentimentos em favor de sofrer menos e descobrir as caixas da alegria jogadas nos despejos, renovar os modelos de perfeição que um dia se buscou. Ouvir as mensagens harmoniosas das matas, os pássaros que vibram ainda que neste mundo errado de tantos desencontros. Sorrir, afinal.

Por tais motivos estamos nisso, tangendo nossos rebanhos. Olhar face a face os dramas, e saber que há uma justificativa plausível de vivê-los, porquanto inexiste a injustiça na Lei. Aceitá-los na palavra de São Paulo, de não recalcitrar contra o aguilhão. Aguentar os resultados que o tempo ofereceu de resposta, a gratidão da Eternidade em nome da libertação.

Porém ouvir também o canto das aves benditas que insistem avisar o quanto de possibilidades persistem no decorrer dos próximos passos. Evita esquecer o sentido de estar aqui nas estradas da realização pessoal. Conduz aos planos mais elevados da consciência, aonde existem os sinais do mundo espiritual, matriz da felicidade definitiva, sonhos dos humanos.

Assim sobreviver nas marcas fortes da Criação, os animais, as plantas, os fenômenos, cores, brisas, mares, rios, tudo em volta, evidências do Poder Superior. É isto, são eles, os instrumentos da orquestra divina a pulsar dentro de nós as vivas lembranças da amabilidade universal.

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