segunda-feira, 13 de abril de 2015

O risco das drogas

Dentre inúmeras transformações por que passou a espécie existe a facilidade com que hoje circulam a informação. Do dia para a noite, aquilo reservado a poucos lugares ganha ímpeto pela força da comunicação e vira artigo comum.

Hábitos demoraram séculos até circular o mundo. Meses, anos, séculos custavam quando chegaram técnicas industriais. Um exemplo, uso das drogas. A notícia mais antiga a respeito procede do Oriente, onde tribos da Ásia praticavam homicídios sob o efeito do haxixe, daí a raiz do termo assassino (aquele que usa haxixe, do árabe). 

Entendam-se como drogas substâncias ou produtos aplicados, ou administrados, que modifiquem o regular funcionamento do organismo. Algumas daquelas substâncias podem servir, em situações quando o corpo não funcionar a contento. Profissionais adotam profissionais seu uso nos chamados medicamentos, ou remédios, de atenuar dores ou a conter doenças.

Por outro lado, em muitas culturas espalhadas, há registros de uso indiscriminado de substâncias consideradas destrutivas do ponto de vista físico-psicossocial, ocasionando descompasso no seio das comunidades, destruindo a harmonia dos indivíduos, a boa ordem das famílias, razão de dramas sociais desagregadores e patológicos. 

Elas também sujeitam modificar o funcionamento do organismo, porém de forma descontrolada e imprevisível, o que causa danos e alterações, em especial ao cérebro. As drogas psicotrópicas provocam dependência, causando necessidade psíquica e/ou física, o que caracteriza vício.

No meio de agentes perniciosos se classificam o álcool, o tabaco, a maconha, a cocaína e tantos outros instrumentos de perdas e mazelas. Desde, sobremodo, os anos 60, por intermédio da comunicação industrial, que o mundo conhece hábitos antes de raro divulgados. Coube ao cinema, ao disco, à televisão, aos livros, ao rádio, revistas e jornais, meios modernos de informação, propagar as substâncias tóxicas no auge da cultura psicodélica.

De tudo, sobram agora incontestáveis lições que exigem respostas de toda a Humanidade. Jovens aprendem nos erros das outras gerações o cuidado de evitar atitudes danosas à saúde. As drogas destroem vidas e requerem esforços inestimáveis de cura. Números alarmantes falam disso diante do nível da criminalidade, e determinam firmeza dos povos a propósito, sendo que resta quase tudo a fazer na solução do grave tema, um drama coletivo ainda sem definição positiva. 

(Ilustração: Hieronymus Bosch).

Nenhum comentário:

Postar um comentário