quarta-feira, 1 de abril de 2015

Essa paz que vem de dentro

Diante de acontecimentos de qualquer época, quando pareceu que a terra sumiria dos pés da gente face à dimensão quase invencível das dificuldades, bem aqui existe o sentimento forte de crer no poder maior de tudo, e as ondas imensas da tempestade em fúria repõem os elementos no seu devido lugar. Fenômenos da história cumprem assim o seu papel harmonizador qual função natural de trazer fatores originais ao total reequilíbrio, desde que se possua a frieza necessária de somar fé e confiança à equação que efetua os cálculos das vivências de toda pessoa.

Por vezes, o sangue gela nas veias e reclama tranquilidade, paz de superar obstáculos que se interpõem à caminhada dos dias, contudo tais super-heróis impertinentes são chamados a cumprir as ordens do momento, e os ventos enfurecidos limitam a capacidade de enfrentar e ferir as resistências. Por mais ostentemos sabedoria, o enredo dessas aventuras pede serenidade. A certeza de saber quantos segredos ainda resta receber dos tempos, porém, conduz cada passo ao conteúdo de Deus, que fala bem alto no escondido coração, cara a cara com o desconhecido, severo apaziguador das horas hostis.

Crer se torna, por isso mesmo, razão de domínio das alternativas aos nossos olhos. Entregar a quem pode a direção dos instantes inesperados da angústia, do desespero, há, pois, coerência na transmissão dos resultados a níveis superiores de consciência o direito de receber esse gosto de piedade divina, dotes imortais da Criação. 

A soberba de querer durar todo tempo, predominar semelhante aos imperadores arcaicos, jamais sobreviveu para sempre nas ocorrências humanas. As prepotências de semideuses que os personagens do chão desempenham viram só frustração, ruínas, farrapo, pedaços de ego enlameados, poluição. Velhos trilhos enferrujados da sorte rápida invertem o sentido, deixando marcas, e indicam a religiosidade necessária, verdadeira, tal instrumento de salvação ao sabor do Infinito.

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