quarta-feira, 25 de julho de 2012

A voz e a palavra


Das manifestações humanas, uma exterioriza nosso conteúdo individual como nenhuma outra. O homem é a sua palavra. A boca fala do que cheio está o coração.

Pensamos livres, porém, após dizermos, o domínio do que foi dito não nos pertence mais.

Uma história ilustra o tema. Filósofo espirituoso, quando indagado, certa feita, a propósito de qual o mais gostoso dos alimentos, respondeu ser a língua. 

- E o pior? - voltou à carga.

- Língua, também - foi a segunda resposta.

E justificou-se dizendo que a língua pode elevar ou rebaixar, sem apelação, construindo ou destruindo pessoas, vilas, estados, civilizações inteiras.

Jesus Cristo enfatizou, nos seus ensinos, a importância da palavra na afirmação clássica: Seja o teu falar sim, sim; não, não, para mostrar a necessidade ímpar de objetividade no que dizemos.

Jamais falar mal de quem quer que seja.

Este esboço ligeiro o fizemos quando organizávamos o que escrever sobre a capacidade que temos de transmitir aos outros o pensamento por intermédio da voz. Montamos frases, cadenciamos estruturas de idéias, sentimentos; acrescentamos conceitos de significados conhecidos. A bela harmonia da fala.

Quantas vezes deixamos escapar oportunidades preciosas de redirecionamento de vida, por não usarmos o termo mais conveniente.

Isto sem que falemos do aspecto mágico, da força que as palavras detêm; pois, no mundo invisível, as nossas manifestações plasmam valores permanentes. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus, do Evangelho de São João.

Possuímos idêntico poder, provindo da Eternidade, para agir pelo condão da voz. Tudo o que falamos não fica apenas conosco só ou com quem esteja na ocasião (as paredes têm olhos e os matos têm ouvidos) e ganha o espaço vibracional sem fim, rumo de registros permanentes. 

As palavras são nossas produções mais sólidas, sementes de trevas ou luzes, de realizações presentes ou futuras.

Quisemos, desta maneira, esquadrinhar o assunto e apresentá-lo para exame. Caso nunca tenha você se detido antes para avaliar, aqui fica esta opinião.

Nenhum comentário:

Postar um comentário