A urgência de ser feliz bem isto significa o exercício dos sonhos. Olhar de frente a necessidade constante de ter paz e paz transmitir, num senso de amar o tanto de amar a si e aos outros. Essa disposição de alegria está às nossas mãos, ainda que nem tão perfeitos sejamos. Sustentar o fio da consciência sob o prisma da positividade.
Nessa disposição, trazer de volta o poder infinito de
que já temos notícia e que significa a transformação de nós em nós mesmos.
É que todas as palavras têm vida e transmitem força
superior à sua capacidade em ver passar por dentro de quem somos e ainda
não sabemos de tudo. Elas dizem de si e dos outros e coisas tantas, na
velocidade do Tempo. Mergulham nas águas turvas da humana compreensão e, logo
em seguida, passam a serem fenômenos, vulcões em ebulição através das criaturas.
Daí, e em igual velocidade, são as histórias que percorrem
os dias à procura da Luz. Avançam tais ferventes circunstâncias pela mentalidade aberta aos firmamentos. Fileiras imensas de fagulhas acesas que
percorrem o Universo, dotadas de expectativas de lá, num momento único, serem ouvidas e
guardar dos sonhos a energia da imortalidade.
E nós seremos sempre essas virtudes que fazem das ausências um diálogo conosco, na ânsia de revelar a que somos e descobrir o mistério das funções em movimento, a existência. Nisso, palavras viram canções, objetos, sentimentos, e vagam soltas pelo ar na busca de sentido e desejos de salvação.
Noutros valores, as palavras e os sonhos, quais subsolos das
almas. De um instante a outro, o quanto existe vem à tona e fala nas
noites o que persiste nas lembranças eternas.
(Ilustração: Darsu Uzala, de Akira Kurosawa).
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