A mente, na verdade, é a causa da escravidão e da libertação. Maitri Upanishad
E saber que isto somos nós, à procura de Si nos vagos da Eternidade. Caminhar, caminhar sempre. Andar aonde for e ver-nos-emos face a face com nós mesmos, universos em formação. Lá outra vez, quando disseram: Deus não pode conhecer a si mesmo sem mim. Eckhart
Daí, na busca da consciência de Si, os mundos a isto foram
feitos e percorrem livres os pavilhões Infinitos, no espaço e no tempo, através de suas próprias criaturas em crescimento, a guiar os passos pelas fronteiras das
interrogações. Nisto, marcas profundas são fixadas nos céus e as almas definam seu
grau de compreensão. Todos, indiscriminadamente, pululam diante das horas e
refazem o trajeto a todo momento.
Entre o Tudo e o Nada, bem ali transitam tudo quanto há
desde sempre. Nem o Tudo, nem o Nada, só meros traços do inexistente na
essência indizível que percorre o plano das existências. Os serres, as
consciências em elaboração até o pleno desaparecimento no silêncio das virtudes,
espelhos que não conseguem olhar a si mesmos, sombras do vazio original no domínio
do Absoluto.
E saber que isto somos nós, à procura de Si nos vagos
da Eternidade. Fagulhas, transparências de vultos fantasmagóricos a circular dentre
a luz e as trevas dos instantes inextinguíveis, a preencher de pensamentos e
imaginação os penhascos da memória. Laços que desmancham os sóis em movimento,
até então; seremos afinal o limite, e desfar-nos-emos nas cores dos fins de
tarde, entre pássaros e nuvens incandescentes.
Qual o quê, sem que menos esperemos, viveremos a beleza do Amor
e ouviremos os carrilhões da Felicidade, a meio de tantos que a tanto
desvendaram na trilha de vencer o Destino inevitável.
(Ilustração: Hórus, reprodução).
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