Vontade por demais de participar intensamente de tudo quanto há, momento a momento, eis o pacto de detalhar os dias e tanger os rebanhos do Sol. No entanto, bem assim, existirá sempre essa Lei absoluta que determina nos mínimos valores a confecção dos destinos. Sustentar, contudo, a força viva de continuar, vencer a nós mesmos diante da insistência de determinar o indeterminável. E ainda desse jeito ser feliz, achar a causa de estar aqui e preservar a firmeza de rever as circunstâncias. Aceitar condições sob as quais viemos e continuamos, na certa que venceremos o desaparecimento.
Acho, às vezes, de querer perguntar se Jó houvesse
contrariado a ordenação do Poder aonde encontraria razão de tocar em frente as
provas sob as quais teve de resistir até seus próprios limites. Conquanto
estejam no Tempo os instrumentos de sobreviver à situação humana, aguentar em
todo aspecto o espaço restrito da história individual, erguer os olhos aos Céus
e clamar... Indagar a causa de existir e buscar a todo custo realizar as
ideações de todo instante. Saber um tanto mais, evoluir perante os desafios e
ser um herói... Disso, as ânsias de conhecer a Natureza; dela, a nós mesmos,
entes parciais que só testemunham as maravilhas em volta.
São princípios e fins em movimento de que fazemos parte e construímos
os motivos. Todos, a seu modo, saber dalguns conceitos, porém insuficientes à
plena iluminação da Consciência, até então. Sem sombra de dúvidas, algo haverá
superior ao senso comum. Do pouco vivido, guardamos lições que somam
compreensão e estrutura as horas posteriores.
Essa força viva de se saber em um corpo que vê, ouve,
observa, pensa, caminha, fala, imagina, sente, sonha, aspira a longas
intenções, e o que disso seremos depois do quanto aqui acontecer. Outrossim ausências,
descasos, guerras, incompreensões...
... Se Jó houvesse
contrariado a ordenação do Poder, o que dele sobraria, pois?!
(Ilustração: Multidão, reprodução).
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