Um a um, e todos, rios a deslizar pelo Infinito sem conta. Ao encontrar alguém, saber que, ali com ele, seguirá um mar de histórias tantas as mais diferentes das nossas, vidas que possam ser e preencher o espaço ilimitado das consciências em formação neste Universo de luzes intermitentes. Seres, vontades, pensamentos... Cadências sem final. Sonhos. Desejos. Bem assim o mistério de tudo isto que o somos e existimos, fragmentos de um grande todo de moléculas em organização à busca da Unidade primeira que deixaram no início. Quaisquer que sejam os próximos passos, ver-nos-emos a braços com a realização de nós mesmos. Disto a importância da harmonia das conquistas e dos contrários que em nós persistem, nos dando a oportunidade que fará das nossas histórias a plenitude única do Ser.
Espécie de painel de proporções monumentais, inexistem
outros aspectos senão este, único, sofisticado e simples, de trabalhar a
essência em si mesmo. Damos a tonalidade e o ritmo que signifiquem o instante
presente, conquanto exercemos, através dos instantes, a maestria de reger a
orquestra do Destino. Elaboramos a pauta de todo dia. Maquinamos os sons do que
sentimos. Aguardamos a resposta do que deixemos ao longo do leito inigualável
do Tempo. Rios e seus habitantes, somos nós o conteúdo daquilo que forma as
consequências de viver e aprender no transcorrer das gerações. As nossas
feições, os nossos traços nessa tela imensa das possibilidades humanas diante
do silêncio que traz as horas e os amores, nesta epopeia das vidas em
movimento.
Sabe-se dos redemoinhos, das cachoeiras, das águas
profundas, caudalosas, no entanto sempre dentro da gente, autores e
protagonistas das aventuras perenes à cata do oceano que nos aguarda logo
depois de tudo enquanto ficar nas margens definitivas do sentimento. O valor
inestimável, pois, das criaturas perfaz este segredo que guardam consigo nas
entranhas e, disto, compõem os hemisférios aberto das lendas em eterna transformação.
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