A aceleração das máquinas aos poucos domina o silêncio. Houvesse um limite e seríamos surpreendidos logo após tantas lembranças ingratas que custeiam o quadro das muitas histórias. Existe quadro imprevisível que impõe o andamento dos acontecimentos. Nem os videntes mais entontecidos imaginaram tamanhas alterações dos planos originais.
Isto no que tange o universo geral das produções, desde
filmes, livros, considerações outras da espécie humana desta hora. E saber que
somos um só face ao panorama. Quais devessem destoar o coro dos contentes,
enxovalham e pecaminam o quanto de expectativas girou o mundo até então. Mesmo,
entretanto, houve de ser assim. Correram séculos e milênios, e debuxaram o espaço
por meio das correntes dogmáticas que engessaram a fria política dos homens.
Quer-se correr sem ter aonde ir. Baixar a cabeça aos
espasmos e só. Ainda que o otimismo seja a lei do Infinito, somos tais e quais
os mesmos de todo tempo. Restos das alimárias do destino. Contrições e sórdidos
filamentos dos traços grosseiros das experiências humanas. Uns, os poderosos.
Outros, meros joguetes do tabuleiro desse jogo insano das horas dentro das
cápsulas em queda livre.
Parar um pouco e enxergar, no entanto, as forças vivas nas
gerações inextinguíveis que refazem os planos e constroem novos barcos a
preencherem o pomo das ilusões. Querer considerar o que disse até aqui e
ter-se-ia espécie de circunstâncias instransponíveis à matéria que chegasse a
uma transcendência espiritual. Eis, destarte, o que impera aos olhos abertos
dos dados eternos ora em nossas mãos.
Portanto, de que adiantaria fingir que estivéssemos a
caminho da Luz, visto sermos esses entes perplexos no espelho das nuvens que
passam. Carecemos, isto sim, de novos padrões de infinitude e revelações em
andamento. De que construir novas arcas se dormimos sob o louro de todas essas
atitudes pouco imaginadas antes...
(Ilustração: Reprodução).
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