Essa potencialidade que nos faz reviver o tempo. A gente retorna àquele momento exato de quando ouvíamos as mais variadas interpretações, da época, da fase da existência. Isso de uma força mágica. Transcendem as possibilidades da imaginação. Arrastam-nos de volta com as mesmas emoções, circunstâncias, presenças. Um verdadeiro sentido de reviver que sacode por dentro e faz com que avaliemos essa possibilidade do que contam as escolas místicas desses registros permanecerem intactos nalgum lugar do Universo. Horas distantes que ficaram nas nuvens, nos dias, regressam, assim, a sacudir de novo as lembranças guardadas, alimentos que, por vezes, pensávamos perdidos.
Dia desses, um amigo me enviou pelo WhatsApp uma sequência
de belas músicas que marcaram época em nossa geração, temas variados, todas de
ótima qualidade e que fizeram sucesso ímpar através do rádio, do cinema, dos discos, sobretudo. Uma verdadeira viagem no tempo; uma viagem de regresso a dias de
expectativas, ansiedade, às vezes angústia, no entanto a preencher com toda
intensidade tais instantes. Sacudiu por dentro de mim a trilha sonora desses
mistérios que resumem o passado. Semelhante a longa viagem nos arquivos da
alma, dali vêm as recordações, as oportunidades, os sonhos de outras vezes
largados ao léu.
Face de tanto, chega outra vez uma gama infinita de
pessoas, lugares, amores, filmes, livros, notícias, uma reconstituição daquilo
que, na verdade, permanece intacto no coração. Daquelas apreensões do que seria
o futuro naquele presente, hoje tiramos conclusões de várias ordens, tudo por
conta desse poder inigualável das notas musicais, das letras, dos intérpretes,
algo valioso.
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