Nalgumas dessas paisagens que vêm assim cheias de letras e palavras e imagens nalgumas delas há repetições de títulos, o que leva a mudar noutros a fim de chegar mais perto de contar as visões do interior dos túneis internos os corredores da alma da gente. Isso de querer falar o que todo mundo sente e também quer dizer e diz ou não diz de vez em quando. Na vontade incontida, pois, do trabalho da expressão delas das palavras nascem outros nomes de forma insistente do ato de narrar os acontecimentos das moléculas nas células, e dessas nos elementos do corpo através dos sentidos, busca de ampliar o ímpeto e reverter o quadro harmonioso do silêncio em outros quadros, jeito de sobreviver ao instante e narrar os acontecimentos interiores. Foram inúmeras as oportunidades de calar, porém do outro lado existem os que também querer conhecer o que ocorre dentro dos demais, nos sobressaltos dos caminhos e das histórias.
Diversos abrigos escondidos nas pessoas vagam decerto soltos
nas prateleiras do mundo em gestos de papel, de sinais expostos ao vento do
desaparecimento, convites ao sentido de procurar o sentido nos objetos e nos
corpos em constante movimento. Eles, os pensantes humanos, nós, enfim, trocam
de postos a todo dia, insetos fervilhantes nas letras em ação. Novecentos e
sessenta e tantos suspiros viraram nisso literatura atirada nas calçadas do
firmamento, e as perguntas continuam persistentes. Umas indagam da razão de
estar aqui; outras o valor do perdão; as dores do espanto aberto dos corações
enamorados; as nuvens que circulavam o sentimento dos poetas e dos heróis nas
lendas; os vastos campos da compreensão que pedem maiores interrogações face ao
desamor que circula nos presídios e nas fugas da culpa; por isso além de querer
contar e levar adiante o impulso das gestas, vem daí alvoreceres dos poucos
esquecidos deixados fora da sorte que ainda impera na força do pensamento a
vencer as visões fantasmagóricas da ignorância. Ampliar nalgum lugar a
consciência em atitudes de purificação dos seres que abrem os olhos pouco a
pouco à visão do Paraíso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário